terça-feira, 26 de outubro de 2010

Memórias de perfume...

Dentro de nosso cérebro, está o sistema límbico, responsável por nossa memória remota, as percepções do ambiente, relacionadas ao ato de comer, o faro, o paladar. É ele que faz com que um perfume nos remeta a outros tempos, que associemos os aromas aos momentos.

É ele que determina que lembremos de um determinado prato, que associa um cheiro a podre ou a uma flor e quem já cheirou uma rosa, já espera o aroma, quando cheira outra.

É através dos nossos sentidos que percebemos o ambiente a nosso redor. Estes sentidos são analisados pelas células do sistema nervoso, que darão uma resposta aos estímulos que recebemos do ambiente.

É como dizer, quero, não quero, gosto, não gosto.

A nossa visão vai ajudar a nos situar. Mas se você fecha os olhos, os outros sentidos se aguçam.

Por isso fechamos os olhos quando sentimos um perfume ou ouvimos uma música que gostamos muito. E isso nos remete a outros tempos vividos ou imaginados.

É isso que sinto agora, quando o ar me traz o aroma do saquinho de amostras de oud, aqui na gaveta ao meu lado. Pequenas gotas aprisionadas em mínimos flaconetes, que me pasmam por sua ancestralidade.

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